PRIMEIRA DAMA DA REPÚBLICA DESCONTENTE COM O TRABALHO E AS ACTITUDES DO GENERAL MIALA.
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Fernando Garcia Miala, chefe da secreta angolana, e a Primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, andarão em rota de colisão devido a controvérsias em torno da forma como é levado a cabo o combate à corrupção, a principal bandeira na governação de João Lourenço, com a senhora preocupada com a integridade do marido, disseram fontes do Palácio Presidencial.
Dias Lourenço, segundo as fontes, entende que o PR está a ser forçado a cometer erros por um Miala agarrado a actos equiparados a vingança, susceptíveis a cenários de destabilização do país.
«A Primeira-dama da República estará preocupada com a vida do marido», resumem as fontes, lembrando que, não raras vezes, Ana Dias sugeriu a Jlo alguma ponderação aquando das detenções de figuras próximas aos ‘marimbondos’.
«Ela está desconfortável,
Tanto é que, conforme recorda a fonte do Palácio Presidencial, um outro método de segurança é que o PR, nas suas saídas, tanto para o interior como para o exterior do país, leve a comida de Luanda, sempre sob supervisão de Ana Dias.
A Primeira-dama é, de resto, descrita como uma mulher «triste», que vê o marido diferente por conta dos mais de dois anos de governação, pelo que procura ter participação na definição de políticas públicas e na escolha de governantes para determinados postos.
A «culpa» de Miala
Uma das fontes revela que a Primeira-dama terá, recentemente, confrontado Fernando Garcia Miala, chefe do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), sobre a forma como tem aconselhado o PR, já que, como sublinha, o seu marido tem sido empurrado para erros atrás de erros.
Terá mesmo deixado de dirigir palavras a Miala, a quem acusa de estar a tirar proveito da sua privilegiada posição.
Ana Dias Lourenço não está de acordo, por exemplo, com a forma como Jlo lida com os seus correligionário
No VIII Congresso Ordinário da JMPLA, o Presidente da República e do partido no poder disse estar a ser alvo de uma campanha contra a sua governação. “Esta campanha não é contra o Presidente da República, é contra o nosso país, contra Angola. E o que é mais triste é que ela não vem sendo movida por forças estrangeiras, nem por forças da oposição, vem sendo movida por nacionais aparentemente do MPLA”, dizia Lourenço.
Recentemente, a DW África em Luanda ouviu a opinião de vários cidadãos no sentido de medir a pulsação quanto à governação de João Lourenço, tendo o resultado mostrado que o PR já não goza de boas referências.
Para muitos, o PR pode ser elogiado pela comunidade internacional, mas enquanto não resolver os problemas da fome, saneamento básico, água, luz e desemprego não será amado.
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